Como começamos?

Em 2008, um grupo de engenheiras do Google em Israel resolveu “arregaçar as mangas” e mostrar a meninas que, sim, elas podem estudar Engenharia, Ciências da Computação, Matemática...e seguir uma carreira na área de tecnologia. Foi quando surgiu o Mind the Gap, um programa do Google que tem o objetivo de mudar a percepção das mulheres e despertar o interesse pela área de tecnologia.

No Brasil, o evento é organizado no escritório de engenharia do Google de Belo Horizonte desde 2017 e impacta cerca de 85 estudantes do Brasil a cada ano.

"Na época do meu ensino médio, eu tinha muito interesse pelas exatas e considerava prestar Engenharia da Computação no vestibular. Mas eu me sentia o patinho diferente na turma. Esse sentimento vinha exatamente da falta de conhecimento e falta de referências. Quais mulheres de destaque na tecnologia ou computação apareciam na mídia, em notícias ou mesmo em conversas casuais? Nenhuma. Por isso acredito muito na proposta de incentivar estudantes meninas na área da computação e exatas através de exposição da área e de referências.

Mind the Gap Brasil é o projeto mais emocionante no qual eu já participei. Fazer parte da organização desse programa dá trabalho, requer atenção a detalhes e dedicação a uma logística não trivial para uma engenheira da computação. Mas o resultado é tão gratificante!

O que mais me emociona e me motiva é o brilho nos olhos de cada participante. O brilho nos olhos de conhecer o escritório do Google, de aprender um pouquinho sobre programação e entender na prática como funciona. O brilho de se identificar com outras participantes ou com as engenheiras -- e não se sentir mais o patinho diferente na turma. O brilho de considerar essa carreira como uma possibilidade. O brilho de acreditar que se pode ser quem você quiser!"
-- Camila Matsubara