Fatos sobre o combate à desinformação no Google

“Desinformação”, “fake news”, “informação errada”. Termos diferentes com significados diferentes para pessoas diferentes. Essa complexidade faz com que seja difícil ter uma visão clara das intenções de quem se envolve em desinformação ou avaliar o que essas intenções podem causar.

Além disso, como pode ser difícil determinar se um propagador de notícias falsas na Internet está agindo de boa fé, as respostas à desinformação correm o risco de prejudicar involuntariamente uma manifestação legítima.

A desinformação representa um desafio único. O Google não está em posição de avaliar, de modo objetivo e em grande escala, a veracidade de um conteúdo ou a intenção dos criadores. Além disso, uma porcentagem considerável de conteúdos contém informações que não podem ser checadas objetivamente como fatos. Isso porque falta o contexto necessário, seja porque ele é apresentado por meio de pontos de vista com os quais outras pessoas podem discordar, seja porque foi criado a partir de fontes de informação contestadas.

O interesse de identificar com precisão a desinformação é grande porque ela frequentemente tem a ver com questões básicas da sociedade, para a qual a livre troca de ideias e informações entre vozes genuínas é da maior importância.

Para enfrentar esse problema, a Busca do Google e o Google Notícias adotam uma abordagem que inclui:

  • Considerar a qualidade
    • Usamos algoritmos de classificação para valorizar informações confiáveis de alta qualidade nos nossos produtos.
    • Tomamos outras medidas para aprimorar a qualidade dos nossos resultados para contextos e tópicos que os usuários esperam que sejam tratados com um cuidado especial.
  • Combater agentes mal-intencionados
    • Procuramos e agimos contra tentativas de enganar nossos sistemas de classificação ou burlar nossas políticas.
  • Oferecer mais contexto aos usuários
    • Fornecemos aos usuários ferramentas para acessar o contexto e a diversidade de perspectivas de que precisam para formar as próprias opiniões. 
Rede
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O Google se orgulha de ter sido pioneiro na divulgação de relatórios de transparência contendo dados sobre, por exemplo, remoções de conteúdo ou solicitações de informações de usuários por agências governamentais - no Brasil, entre julho e dezembro de 2019, foram mais de 3700 pedidos deste tipo.

Além disso, divulgamos também dados referentes às nossas plataformas de anúncios. Informamos, por exemplo, que 3,1 bilhões de anúncios foram bloqueados ou removidos globalmente em 2020. Só no Brasil, entre abril e junho de 2020, removemos anúncios de mais de 600 mil páginas e 16 mil domínios por violação de políticas.

Fatos sobre desinformação

Acreditamos que o jornalismo de qualidade é fundamental para a sociedade e para a democracia.

Organizar as informações do mundo e torná-las úteis e acessíveis para todos é a missão do Google e, assim, nos esforçamos para garantir que o conteúdo de notícias seja reconhecido em nossas plataformas, tornando-o acessível ao usuário e beneficiando os parceiros de notícias. Investimos continuamente para apoiar não apenas a sobrevivência, mas o sucesso do bom jornalismo. Isso acontece de diferentes maneiras. Trabalhamos para conectar os brasileiros com conteúdo de alta qualidade e informações essenciais produzidas por jornalistas profissionais e outras fontes confiáveis por meio da Busca e da aba de Notícias -- plataforma que não dispõe de anúncios e, portanto, não gera qualquer receita para o Google.

Dessa forma, os maiores beneficiados com os resultados de pesquisa para notícias são as próprias empresas que as produzem: direcionamos cerca de 24 bilhões de cliques por mês para sites de notícia em todo o mundo através dos nossos mecanismos de busca. Um estudo de 2016 da Deloitte avalia cada clique para grandes veículos jornalísticos em cerca de 4-6 centavos de euro. Nós ajudamos essas empresas a ganhar dinheiro on-line por meio das nossas plataformas de publicidade. Todos os anos, pagamos bilhões de dólares aos parceiros do setor de notícias em nossa rede de anúncios. Em média, os 100 maiores sites no mundo ficam com mais de 95% da receita de publicidade digital que geram quando usam o Ad Manager para exibir anúncios em seus sites, por exemplo.

Além disso, as pesquisas relacionadas a notícias representaram somente 1,5% do total de buscas feitas através do Google no Brasil em 2019. No mesmo período, o valor gerado pela publicidade exibida acima desses resultados de notícias no Brasil, conhecida como AdWords, foi de US$ 4 milhões (cerca de R$ 20 milhões no câmbio atual) – de receita, não de lucro. Isso representa uma parcela pequena da receita gerada com anúncios na Busca no país, pois a maior parte do nosso faturamento vem de pesquisas com intenções de compra – por exemplo, quando você quer comprar um “tênis de corrida", digita essas palavras na Busca e depois clica em um anúncio. Por isso, não é correto afirmar que a maior parte da nossa receita vem da exibição de anúncios em resultados de notícias na Busca. No final das contas, o que nos interessa é ajudar nossos usuários a se manterem bem-informados e, ao mesmo tempo, fazer nossa parte para apoiar um futuro sustentável para o setor de notícias.

Por meio da Iniciativa Google de Notícias, investimos mais de US$ 300 milhões em treinamentos, ferramentas e programas para ajudar as empresas jornalísticas a inovar e alcançar o sucesso em um mundo cada vez mais digital. Durante a pandemia, nós investimos mais de R$ 17 milhões em fundos emergenciais, o que ajudou, sem qualquer contrapartida, mais de 400 veículos de imprensa no Brasil a continuar suas operações.

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removendo

Quando uma página ou site viola nossas políticas, tomamos medidas imediatas e removemos sua capacidade de gerar receita usando nossas plataformas. Só em 2020, encerramos mais de 1,7 milhão de contas e removemos anúncios de mais de 1,3 bilhão de páginas da web que fazem parte de nossa rede por violar nossas políticas.

O Google tem políticas rígidas para impedir, por exemplo, que páginas com conteúdos prejudiciais, perigosos ou fraudulentos gerem receita por meio da nossa plataforma de anúncios. No Brasil, dois a cada três sites que buscam aprovação para monetizar com o AdSense em suas páginas são rejeitados. Estamos comprometidos em elevar o conteúdo de qualidade entre os produtos do Google e isso inclui, por exemplo, proteger as pessoas de informações falsas sobre saúde. Recentemente, atualizamos nossas políticas para proibir a monetização de conteúdos que contrariem o consenso científico em meio a crises de saúde. Quando uma página ou site viola nossas políticas, tomamos medidas imediatas e removemos sua capacidade de gerar receita.

Somente em 2020, encerramos mais de 1,7 milhão de contas e retiramos anúncios de mais de 1,3 bilhão de páginas que fazem parte da nossa rede de editores por violação de políticas. O encerramento de uma conta – e não apenas a retirada do ar de uma página ou anúncio específico – é uma medida particularmente eficaz que tomamos nos casos em que o anunciante ou o editor comete violações graves ou tem um histórico de repetidos descumprimentos de políticas. Além disso, bloqueamos e removemos 3,1 bilhões de anúncios inadequados, ou seja, mais de 5,9 mil anúncios inadequados por minuto.

Entendemos que os anunciantes podem não desejar seus anúncios atrelados a determinados conteúdos, mesmo quando eles não violam nossas políticas, e nossas plataformas oferecem controles robustos que permitem o bloqueio de categorias de assuntos e sites específicos, além de gerarem relatórios em tempo real sobre onde os anúncios foram exibidos. 

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Há três pontos importantes sobre nossa abordagem em relação a informação de qualidade na Busca:

  • Primeiro, nós projetamos nossos sistemas de classificação fundamentalmente para identificar informações que as pessoas provavelmente acharão úteis e confiáveis;
  • Para complementar esses esforços, desenvolvemos uma série de recursos na Busca que não só ajudam você a entender melhor as informações que você vê on-line, mas também fornecem acesso direto a informações provenientes de autoridades, como organizações de saúde ou entidades governamentais;
  • Por fim, temos políticas para o que pode aparecer nestes recursos da Busca para garantir que estamos exibindo conteúdo útil e de alta qualidade.

Desse modo, continuamos a melhorar a Busca e a elevar o padrão de qualidade para oferecer uma experiência confiável para as pessoas em todo o mundo. O Google processa trilhões de pesquisas todos os anos e 15% delas nunca vimos antes. Com essa grande quantidade de informações disponíveis na web, encontrar o que você precisa seria quase impossível sem alguma ajuda de classificação. Os nossos sistemas organizam centenas de bilhões de páginas na web em um índice de pesquisa para fornecer os resultados mais úteis e relevantes em uma fração de segundo e apresentá-los de uma forma que o ajude a encontrar o que procura.

Esses sistemas de classificação são compostos não por um, mas por uma série de algoritmos. Para fornecer as informações mais úteis, os algoritmos da Busca analisam vários fatores, incluindo os termos da pesquisa, relevância e usabilidade das páginas, localização, entre outros.

Para ajudar a garantir que os algoritmos de pesquisa atendam a altos padrões de relevância e qualidade, temos um processo rigoroso que envolve testes em tempo real e milhares de avaliadores externos de qualidade de pesquisa em todo o mundo. Esses avaliadores de qualidade seguem diretrizes rígidas que definem objetivos para os algoritmos de pesquisa e estão publicamente disponíveis para qualquer pessoa. Conduzimos testes extensivos para garantir que a Busca seja o mais útil possível - desde a qualidade das informações que fornecemos até a experiência geral. Desde 2017, já fizemos mais de 1 milhão de testes de qualidade de pesquisa e agora temos em média mais de um mil testes por dia.

Também anunciamos recentemente alguns novos investimentos em qualidade da informação. Isso inclui uma equipe que criamos para entender as ameaças globais e garantir que possamos tomar medidas rápidas, sistemas aprimorados para detectar notícias de última hora e crises, proteções adicionais para evitar que informações potencialmente imprecisas apareçam em recursos como painéis de informação, recursos aprimorados de verificação de fatos, além de políticas expandidas e proteções para aplicação de recursos de pesquisa como o preenchimento automático. Saiba mais: Como funciona a Pesquisa Google.

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